Escrevo em uma tarde chuvosa, de
céu cinza e clima frio. O inverno por aqui é mais rigoroso do que estava
habituado e dá uma preguiça de sair para ir ao supermercado, pois sempre tem
que se agasalhar e só de pensar que tenho que colocar meias, tênis e casaco repenso
a necessidade de abandonar a casa quentinha.
Fui à Barcelona no dia 24 de
janeiro e fiquei até o dia 30, com objetivo de participar da 1ª. Jornada de
Formação para Professores de Idiomas no Congresso: Aprender del passado y
enseñar hacia el futuro. Aconteceu no dia 27 e 28 de janeiro na Universidade de
Barcelona.
Barcelona é uma cidade da Espanha
que fica na comunidade autônoma da Catalunha. Lá se fala Catalão e Espanhol. As
duas línguas são muito presentes em todos os lugares, nas placas de trânsito e
nas campanhas publicitárias. O primeiro dia do congresso teve a abertura em
espanhol, mas a primeira conferência foi em catalão. Confesso que entendi muito
pouco, para mim, o catalão é uma mistura de português, francês, espanhol e
italiano. É claro que essa percepção de língua é muito restrita, mas foi a
minha primeira impressão. Essa conferencia tratou sobre as mudanças do ensino
de língua estrangeira ao longo dos anos e propôs uma reflexão a respeito do
ensino em sala de aula. Para vocês terem uma noção, segue abaixo o resumo da
apresentação da aula contido no programa:
17:00 – Eulàlia Vilaginés – Més llengës, més estratègies, més
competência?
Les nostres aules de llengües
estrangeres han canviat molt a llarg dels anys incorporant noves tècniques i
metodologies, recuperant-ne de velles i expulsant-ne d' obsoletes. Després
de lluitar molt per aconseguir que a les aules de llegua estrangera es parli en
la llegua estrangera, els darrers anys han aparegut amb força enfocaments
didàctics que incorporen d'altres llegües a l'aula. Fins a quin punt la
didàctica de les llegües es pot nodrir de les propostes dels enfocaments de la
intercomprensió? En quina mesura ens és fàcil incorporar la demanda de promoure
el plurilingüisme que es fa al Marc Europeu Comú de Referència? Quines llegües
i de quines llegües hem de parlar a les nostres aules? Què estan disposades a promocionar
les institucions?
Depois dessa conferência as
pessoas poderiam escolher as outras seguintes, que aconteciam simultaneamente:
Teatro y cine em acción, em espanhol; Inside their heads: learner beliefs and atitudes,
em inglês; Raccontare e raccontarsi. La biografia linguística tra la
riflessione e l’apprendimento, em italiano. Escolhi a oficina: Teatro y cine em
acción apresentado pelas professoras: Francesca Angrisano e Miriam Sajeta. Nessa
oficina aprendemos a criar exercícios inspirados em cenas de filmes com ajuda
de técnicas teatrais. Para que entendam melhor deixo aqui também o resumo da
oficina que foi muito interessante e divertido participar:
18:15 – Francesca Angrisano y
Miriam Sajeta – Teatro y cine en acción.
Un taller para
aprender a crear tareas inspiradas en escenas de películas, mediante técnicas
teatrales.
En la actualidad
la mayoría de los docentes de E/LE valora el potencial de los materiales
audiovisuales y los suele utilizar en sus aulas. Sin embargo, pocos eligen el
cien como input.
¿Por qué el
cine? Por qué permite una inmersión inmediata en la cultura de un país y en la
idiosincrasia de la interacción entre las personas. Muestra el lenguaje
corporal, la prosémica y sobretodo está caracterizado por una narración que
despierta la curiosidad de los espectadores/alumnos, y por lo tanto genera una
alta motivación en la adquisición de la legua.
En el taller
trabajaremos con breves escenas de películas españolas y latinoamericanas, desarrollando
tareas útiles para clases de diferentes niveles, desde principiantes hasta
avanzados.
¿Qué actividades
podemos crear antes, durante o tras el visionado de una escena? Entre varias
posibilidades, proponemos algunas que nacen principalmente de técnicas
teatrales. Mediante el juego dramático, aprendemos a mover emociones, vivencias
personales y capacidades expresivas fundamentales para reforzar la competencia
comunicativa i intercultural, mejorar la interacción oral, potenciar la
interiorización del vocabulario y la gramática, y además estimular la
pronunciación y la gestualidad.
A oficina foi muito interessante
e divertida. Todos os participantes falavam em espanhol e a cada exercício
aprendemos como utilizar as técnicas na sala de aula de modo dinâmico e
prático. Por meio dessa oficina podemos entender que os recursos utilizados
buscam a ampliação e desenvolvimento do aprendizado tornando-o significativo
para a compreensão do aluno estreitando laços entre colegas e promovendo o
autoconhecimento. Por fim, tivemos às 19:30 a exposição de materiais didáticos
pelas editoras.
O congresso aconteceu no Edifício
Histórico da Universidade de Barcelona, localizado ao lado da praça da
universidade, que dá acesso à linha de metro. Um prédio muito bonito, com uma arquitetura de
estilo românico concluído em 1889. Fiquei hospedado em um hostel próximo a
Universidade e compartilhei um quarto com mais três pessoas. Duas meninas
polacas e um argentino. Foi uma experiência agradável em que discutimos sobre
vários assuntos como: músicas, estereótipos sociais e compartilhamos nossas
descobertas sobre a cidade. Silvia e Violeta estudam na Espanha, em outra
cidade que eu já esqueci, elas estudam idiomas também. Lautaro é um argentino
de Córdoba que trabalha e estuda arquitetura na cidade de Valencia. Compartilhamos
o mesmo quarto e o mesmo idioma, e foi por essas conversas noturnas que a minha
viagem foi ainda mais incrível e especial.
Barcelona, em minha limitada
perspectiva de alguns dias, é cheia de lugares a se visitar e composta por uma
atmosfera cultural riquíssima. Conheci diversas praças como a da Catalunha e da
Espanha. Fui ao Arco do triunfo e passei pelos parques da Ciutadella e Güell. Encontrei
na Sagrada Família uma igreja que não conseguia parar de admirar. Conheci
alguns museus, dentre eles o museu de história da Catalunha, o museu marítimo e
o museu nacional de arte da Catalunha. Passei na frente da Casa Batló, La
Pedrera e do teatro nacional. Enfim foram diversos lugares que consegui
registrar em algumas fotos que ficarão comigo para que eu não perca a memória
dessa viagem incrível.
P.S.: Encontrei Botero em
Barcelona. O Gato, uma escultura do artista colombiano, na Rambla del Raval e o
Cavalo no terminal 2 do aeroporto El Prat. Barcelona é uma galeria em céu
aberto que encontrei Miró no chão, em esculturas. O grafite de Heith Haring nos
fundos do Museu de Arte Contemporanea de Barcelona (MACBA). Picasso na parede, ao
entrar no bairro Gótico e outras artes que fica difícil descrever em um
despretensioso P.S..
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