sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Olá Pessoal. Escrevo para contar a vocês como foi a minha experiência no V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil ,...

Olá Pessoal.

Escrevo para contar a vocês como foi a minha experiência no V Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, decorrido na UNESP de 2 a 4 de agosto de 2017.

Cheguei a Presidente Prudente em uma manhã de terça-feira e fui muito bem recebido pelo meu querido amigo, que me hospedou durante esses dias e, gentilmente, me apresentou a cidade e seus amigos.

No primeiro dia de Congresso não houve a apresentação de trabalhos, iniciamos o credenciamento às 8h da manhã no Centro Cultural Matarazzo e posteriormente a abertura do evento. 

O que mais gostei nesse dia foi a mesa-redonda 1: Palavras Aladas: poesia e narração oral na escola. Essa mesa contou com dois professores apaixonados pela literatura, pois era nítido ver como falavam e nos despertavam um interesse imenso. A poesia ficou por conta do professor José Hélder Pinheiro (UFCG) e a narração pela professora Gilka Girardello (UFSC). E para deixar os participantes ainda mais motivados, tivemos um Sarau literário, às 19h30, com os mesmos professores no SESC Thermas, na qual Da letra à voz, da voz à alma atingiu cada um de nós finalizando brilhantemente o primeiro dia de evento.

No segundo dia aconteceram as apresentações de trabalhos e pôsteres nas salas de aula do Bloco Discente V na UNESP. Foi muito interessante compartilhar uma sala com tantos alunos que estavam, entre muito deles, assim como eu, apresentando seu trabalho pela primeira vez. Por incrível que pareça eu não me senti muito nervoso e foi muito bom estar entre alunos com trabalhos diferentes guiados pela Literatura Infantil e Juvenil. 

Conheci pessoas muito divertidas e alegres e tivemos um membro da comissão avaliadora a escutar a apresentação do trabalho, um por um. Quando a senhora da comissão, caracterizada com um crachá, chegou até o meu trabalho eu pensei: Nossa! É agora, deu um frio na barriga, e nesse misto de sensações eu comecei a falar sobre ele devagar. Foi como reviver todo o processo de construção dele e o diálogo com a minha querida orientadora. Não sei quanto tempo durou a apresentação, algo entre 7 a 10 minutos, mas consegui falar sobre as obras brasileiras, a importância da Educação Literária e mostrar os livros, as edições portuguesas, para a avaliadora que folheou-os e sorrio após solicitar a minha assinatura na lista e sair.

No terceiro e último dia de Congresso, novamente no Centro Cultural Matarazzo, iniciou com a terceira mesa redonda chamada: Livros Infantis: do berço ao e-book.  O que mais gostei nessa apresentação foi à importância que Anna Cláudia Ramos deu para a formação de leitores, a escritora enfatizou que não é possível formar leitores se antes o professor não for um leitor. Ela tocou no assunto de maneira cuidadosa, mas não deixou de criticar o ditado: “Faça o que eu falo e não o que eu faço”, no sentido que alguns professores solicitam leituras e que nem eles leem. Acredito que a escritora, amante do livro e da literatura, que disse que a Bolsa Amarela mudou a sua vida, não poderia ter outro discurso. Apoio e concordo com o seu discurso e me fez recordar as minhas aulas com a outra Ana Ramos, uma singeleza poética que aqueceu meu coração. 

O encerramento aconteceu às 15h30 com o Espetáculo Cênico-musical “Crianceiras”, não consegui me aguentar de alegria ao saber que a poesia de Manoel de Barros seria cantada e encenada pelos cantores e atores, com concepção e direção musical de Márcio de Camilo, iluminuras: Martha Barros e direção de Luiz André Cherubini, o espetáculo não poderia ser mais apaixonante e apropriado. 

Com uma diversidade de instrumentos, sopros e cordas, uma interação ativa de imagens em diálogo com os cantores e atores e uma poesia de Manoel de Barros à tarde que caia ficou ainda mais iluminada, tornando o fim desse congresso mágico e inesquecível.

Voltei à Campinas na manhã de sábado, de ônibus pude observar a paisagem rural em que enchia meus olhos de cores, era uma manhã de céu azul, campos verdes, árvores gigantes e animais. Durante a viagem eu lia um presente: SUPERGIGANTE, cochilava, e contemplava através da janela aquele entardecer que me trouxe de volta a minha casa. 

Cheguei a casa por volta das 20h da noite, tomei banho e terminou essa aventura literária.

Tudo isso não seria possível se não fosse o incentivo da minha professora de Literatura Infantil e Juvenil da Universidade de Aveiro, lá no passado eu comentei com ela sobre o Congresso e o meu interesse em fazer o Estudo Orientado do próximo semestre para tentar a participação no evento. Quando ela me olhou e abraçou a ideia, dizendo que sim, que poderíamos, fiquei mais que feliz, embora não imaginasse tudo o que era necessário do sim até hoje. Agradeço imenso a sua cuidadosa sensibilidade, horas e dias de leitura e revisão, conselhos e aprendizados. 


Bom, pessoal foi isso! Foi um prazer estar nesse Congresso em que agora posso compartilhar com vocês. Até a próxima.